quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Congelamento de tecido ovariano II - 22.07.09

No dia marcado para a conversa com a Dra. Tatiana, fomos mais uma vez, mamãe e eu. Lá descobri que o que estava fazendo era apenas uma técnica experimental de criopreservação que não tinha garantia de sucesso. A técnica de congelamento de tecido ovariano consiste na retirada de um fragmento do ovário através de um procedimento cirúrgico de videolaparoscopia que é subdividido e congelado para uma futura utilização quando eu quiser engravidar. Uma pequena parte é descongelada previamente para avaliar as condições de sobrevida após congelamento/descongelamento que eu já ficaria sabendo das condições alguns dias após a cirurgia. Na literatura, até o momento, só há 5 casos de nascimento de crianças provenientes deste tipo de procedimento. Fiquei bastante assustada e minhas esperanças de ser mãe um dia foram quase que por água abaixo. Mesmo assim, assinei os documentos e decidi tentar. Afinal era a única alternativa que me restava, pois saindo de lá, liguei para a oncologista para saber se eu poderia tentar fazer o congelamento de embriões, que havia muita garantia de sucesso e era a opção mais aceita pela comunidade científica atualmente. As duas médicas (Dra. Patrícia e Dra. Luciana) conversaram e decidiram que esta última eu não poderia fazer, pois não havia mais muito tempo, já que a quimioterapia não pode esperar e o tempo já estava se esgotando (geralmente não deve passar de 45 dias após a cirurgia), mas o pior é que os hormônios que são normalmente tomados para induzir a ovulação poderiam levar ao aparecimento de um novo tumor. Fiquei bastante abalada com tudo isso. Mas logo levantei a cabeça e resolvi seguir em frente. Afinal estava fazendo agora o que estava ao alcance de minhas mãos. O futuro estava nas mãos de Deus. Como a própria Dra. Tatiana havia me dito, eu tinha várias alternativas, ia tomar o tal do remédio para preservar o ovário durante a quimio, ia coletar para congelamento o tecido ovariano e, além disso, meu ovário poderia voltar a funcionar ou nem ser tão afetado após a quimioterapia. Se nada disso desse certo, tinha outras opções como a adoção de óvulos (que seriam fertilizados com o gameta do meu marido e depois o embrião implantado em meu útero) ou adoção de uma criança.

2 comentários:

  1. Amanda, fiquei muito emocionada ao ler o seu depoimento. Realmente você é uma guerreira, tô orgulhosa de você. Com a maior certeza esse seu blog vai ajudar muitas pessoas que se encontram em situação idêntica a sua e, no entanto, por falta de acesso a informação, desconhecem os procedimentos e se entristecem diante da descoberta da doença.
    Linda a iniciativa! parabens!!!
    Beijinhos da
    Tia Tetê

    ResponderExcluir
  2. Anna Paula(esposa do Gilton Amaral)Amanda voçê ja é uma vencedora,com essa determinação, fé e força positiva sua, e de seus pais, voçê está curada Amanda!Estamos todos torcedo p/ voçê e sua familia! Beijos!!!

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário aqui: